Quem sou eu

São Jerônimo, RS, Brazil
Somos trabalhadores da Doutrina Espírita, desenvolvendo um trabalho de caridade cristã focado no atendimento através de cirurgias espirituais.

segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

 A ÁRVORE QUE PRODUZ BONS FRUTOS E A ÁRVORE QUE PRODUZ MAUS FRUTOS

Não existe, nas palavras de Jesus, qualquer espécie de reprimenda à árvore que produz maus frutos e nem palavras de louvor a que produz bons frutos: é apenas uma constatação. 
"A árvore que produz maus frutos não é boa", mas não é inteiramente má, ou seja, o homem não estará irremediavelmente condenado pelas ações infelizes que praticar.
O perdão espiritual é privilégio para todas as criaturas, pois não existe quem não esteja incluído no Plano Divino de Aperfeiçoamento. 
Na sequência, o Mestre nos ensina "a árvore que produz bons frutos não é má", mas Jesus também não a considera inteiramente boa, pois, assim como o homem transitoriamente bom é capaz de atitudes insensatas, o homem temporariamente mau também é capaz de gestos de elevada nobreza.
Cada uma delas se revela no estágio em que se encontra, ou melhor, uma não é boa ainda e a outra não é má de todo, mas ambas atingirão o Supremo Bem de onde, originalmente saíram.
A árvore simboliza o homem; os frutos são os pensamentos, os atos e as obras.
A qualidade dos pensamentos, atos e obras revelam o grau de adiantamento moral em que cada um se encontra.

Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 21 - comentários.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

 JUSTIÇA DAS AFLIÇÕES

As compensações que Jesus promete aos aflitos da Terra somente poderão ser desfrutadas na vida futura. Sem a certeza da vida futura, os ensinamentos de Jesus não teriam o menor sentido.
Mesmo com essa certeza, é difícil entender a utilidade do sofrimento para que alguém possa ser feliz.
Alguns dizem que é para ter mais mérito. 
Então, surge as perguntas: por que uns sofrem mais do que os outros? Por que uns nascem na miséria e outros na riqueza, sem nada terem feito para justificar tal condição? Por que, para uns, nada dá certo, enquanto que para outros tudo parece sorrir?
E o que é ainda mais difícil de compreender é ver as coisas boas e más divididas de forma tão desigual entre viciosos e virtuosos. 
Difícil, também, é ver os bons sofrerem ao lado dos maus, que prosperam. 
A fé na vida futura pode nos consolar e nos levar a ter paciência, mas não explica essas desigualdades, que parecem desmentir a Justiça Divina.
Desde que se admita a existência de Deus, essa existência só pode ser de perfeição absoluta.
Deus deve ser todo poder, todo justiça e todo bondade, sem o que não seria Deus.
Sendo Ele soberanamente bom e justo, não pode agir com parcialidade, beneficiando a uns e prejudicando a outros.
Então, as contrariedades da vida têm uma causa, e uma vez que Deus é justo, essa causa também deve ser justa. 
Pelos ensinamentos de Jesus, Deus habilitou os homens para compreenderem o motivo de tantas diferenças.
Ele vem hoje, através do Espiritismo, esclarecer que somente as existências anteriores podem explicar a desigualdade na divisão do bem e do mal entre os homens.

Evangelho cap. 5, item 3


segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

A PRECE

A prece é sempre agradável a Deus quando ditada pelo coração, pois para Deus a intenção é tudo e a prece do coração é preferível àquela que pode ser lida por mais bela que seja, uma vez que seja lida mais com os lábios do que com o pensamento. A prece agrada a Deus quando dita com fé, fervor e sinceridade. Não creiais, pois, que Deus seja tocado pela oração do homem vão, orgulhoso e egoísta, a menos que não represente, de sua parte, um ato de arrependimento sincero e de verdadeira humildade.
A prece é um ato de adoração. Orar a Deus é pensar Nele; é aproximar-se Dele; é colocar-se em comunicação com Ele. Três coisas podemos propor por meio da prece: louvar, pedir e agradecer.
Aquele que ora com fervor e confiança se faz mais forte contra as tentações do mal, e Deus lhe envia os bons espíritos para assisti-lo. 
É este um socorro que jamais se lhe recusa, quando pedido com sinceridade.
O essencial não é orar muito, mas orar bem.
Possuímos em nós mesmos, pelo pensamento e a vontade um poder de ação que se estende muito além dos limites de nossa esfera corpórea.
A prece não pode modificar nossas provas, mas nos dá força para suportá-las.
Também não pode mudar os desígnios de Deus, mas o espírito em favor do qual se ora experimenta alívio, sobretudo porque é um testemunho de interesse que se lhe dá: o infeliz é sempre consolado.
A prece sincera pode levar o arrependimento ao culpado, o consolo ao aflito, a cura ao doente, a esperança aqueles que perderam a fé.
A prece deve ser feita com toda a sinceridade e fervor. 
Deve elevar-se humildemente aos pés do Senhor.
E deve chegar a Deus branca e radiante de esperança e de amor.

Livro dos Espíritos e Evangelho Segundo o Espiritismo




segunda-feira, 30 de novembro de 2020

 PERDA DE ENTES QUERIDOS

Estando o espírito mais feliz do que na Terra, lamentar que tenha deixado esta vida é lamentar que ele seja feliz. Dois amigos estão presos na mesma cadeia; ambos devem ter um dia a liberdade, mas um deles a obtém primeiro. Seria caridoso que aquele que continua preso se entristecesse por ter o seu amigo se libertado antes? Não haveria de sua parte mais egoísmo do que afeição, ao querer que o outro partilhasse por mais tempo do seu cativeiro e dos seus sofrimentos? O mesmo acontece entre dois seres que se amam na Terra. O que parte primeiro foi o primeiro a se libertar e devemos felicitá-lo por isso, esperando com paciência o momento em que também nos libertaremos.

A Doutrina Espírita, pelas provas patentes que nos dá quanto à vida futura, à presença ao nosso redor dos seres aos quais amamos, à continuidade da sua afeição e da sua solicitude, pelas relações que nos permite entreter com eles, nos oferece uma suprema consolação, numa das causas mais legítimas de dor. O mais isolado dos homens tem sempre amigos ao seu redor, com os quais pode comunicar-se.

Suportamos impacientemente as atribulações da vida. Elas nos parecem tão intoleráveis que supomos não as poder aguentar. Não obstante, se as suportamos com coragem, se soubermos impor silêncio às nossas lamentações haveremos de nos felicitar quando estivermos fora desta prisão terrena, como o paciente que sofria se felicita ao ser curado, por haver suportado com resignação um tratamento doloroso.

Livro dos Espíritos, Das Esperanças e Consolações, Cap. 1.


quarta-feira, 25 de novembro de 2020

 OS TORMENTOS VOLUNTÁRIOS.

O homem está sempre buscando a felicidade que lhe escapa sem cessar, porque a verdadeira felicidade não existe na Terra. Entretanto, apesar dos sofrimentos desta vida, o homem poderia desfrutar de uma relativa felicidade se não a buscasse nas coisas perecíveis e nos prazeres materiais.
A felicidade deve ser procurada nas realizações da alma, que são uma antecipação dos prazeres celestes imperecíveis.
Em vez de procurar a paz no coração, única felicidade real aqui na Terra, o homem procura tudo aquilo que pode agitá-lo e perturbá-lo. Curiosamente, parece criar de propósito tormentos voluntários que só a ele caberia evitar.
Haverá tormentos maiores do que aqueles causados pela inveja e pelo ciúme? Para o invejoso e para o ciumento, não há repouso; estão sempre excitados pelo desejo, e o que eles não têm e os outros possuem lhe causa insônia. O sucesso de seus rivais os perturba, seu único interesse é o de menosprezar os outros.
Toda sua alegria consiste em estimular, nos insensatos como eles, a fúria do ciúme que eles próprio possuem.
Pobres criaturas! Nem sonham que talvez amanhã tenham que deixar todas essas futilidades, cuja ambição envenena suas vidas! As palavras " Bem-aventurados os aflitos, pois serão consolados" não podem ser aplicadas a eles, pois suas preocupações não terão recompensa no céu.
Aquele que se contenta com o que tem, poupa-se de vários tormentos, pois vê sem inveja aquilo que não é seu e não procura parecer mais do que é. É sempre rico, pois, ao olhar para baixo, em vez de olhar para cima, verá sempre pessoas que possuem ainda menos. 
É calmo, ao não criar necessidades ilusórias, e a calma é sempre uma felicidade em meio às tempestades da vida.

Evangelho, cap. 5, item 23

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Schubert - Ave Maria

 O SACRIFÍCIO MAIS AGRADÁVEL A DEUS

Quando Jesus disse: " Reconciliem-se primeiro com seu irmão, antes de apresentarem a oferenda ao altar", ensinou que o sacrifício mais agradável ao Senhor é o sacrifício do próprio ressentimento, pois, antes de solicitar o perdão de Deus, é preciso já ter perdoado. Se cometemos alguma injustiça contra um de nossos irmãos, é preciso que essa injustiça já tenho sido reparada. Somente assim a oferenda será agradável a Deus, pois virá de um coração puro e livre de qualquer mau pensamento. Naquela época, era costume, entre os judeus, oferecer bens materiais a Deus. Eles faziam isso como forma de demonstrar seu amor e respeito. Pelo ensinamento de que primeiro era preciso se reconciliar com o irmão, antes de apresentar a oferenda, Jesus estava adequando Suas palavras aos costumes que vigoravam na época. O verdadeiro cristão não precisa fazer doações materiais a Deus, pois ele espiritualizou o sacrifício e sabe que  o ensinamento do perdão é muito mais importante que a oferenda. Ele oferece a sua alma e essa deve estar purificada. Ao entrarem no Templo do Senhor devem deixar do lado de fora todo mau pensamento contra seu irmão e todo sentimento de ódio e animosidade. Só então os Espíritos Superiores levarão suas preces ao Altíssimo. Eis o que Jesus ensina com estas palavras: " Deixem sua oferenda ao pé do altar e vão primeiro se reconciliar com seus irmãos, se quiserem ser agradáveis ao Senhor".

Evangelho, Cap. 10, item 8.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

 OBSERVEM OS PÁSSAROS DO CÉU

Não acumulem tesouros na Terra, onde a ferrugem e os vermes irão consumi-los e onde os ladrões os desenterram e roubam. Acumulem tesouros no céu, onde nem a ferrugem, nem os vermes irão consumi-los e onde os ladrões não entram, nem roubam, pois, onde estiver o tesouro que possuem, aí também, estará o coração de vocês. Por isso eu digo a vocês: Não se preocupem em saber onde encontrarão alimento para sustentar suas vidas, nem onde encontrarão roupas para cobrir seus corpos. A vida não é mais do que o alimento? O corpo não é mais do que a roupa? 

Observem os pássaros do céu: eles não semeiam e nem colhem, e não guardam nada em celeiros, mas o Pai Celestial os alimenta a todos. Será que os homens não valem mais do que os pássaros? E qual dentre vocês, por mais que queira, pode acrescentar meio metro à sua estatura?

Por que também se preocupam com a roupa? Observem como crescem os lírios do campo, eles não trabalham, nem tecem, entretanto, Eu afirmo que Salomão, com toda sua glória, nunca se vestiu como um deles. Se Deus tem o cuidado de vestir dessa maneira uma erva do campo, que hoje existe e amanhã será lançada na fornalha, quanto mais cuidado terá em vesti-los, homens de pouca fé?

Não se inquietem, perguntando: o que vamos comer, o que vamos beber, com o que vamos vestir? Os pagãos é que procuram todas essas coisas. O Pai Celestial sabe que vocês têm necessidade delas.

Busquem primeiro, o Reino de Deus e Sua Justiça, e todas essas coisas serão dadas por acréscimo. Por isso não se preocupem com o dia de amanhã, pois o amanhã cuidará de si mesmo.

"A cada dia já basta a sua própria aflição "

Mateus, 6:19 a 21,25 a 34.

Evangelho Segundo o Espiritismo, cap. 25 - item 6

terça-feira, 6 de outubro de 2020

EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. V - Comentários.

- Bem-aventurados

1. Os que choram e serão consolados: são os que sofrem suas provações com resignação e paciência, ou seja, aceitam o sofrimento sem reclamar. Aqueles que sofrem e reclamam não terão o consolo do qual fala Jesus;

2. Os que têm fome e sede de justiça: são os injustiçados, os que padecem em função das desigualdades dos homens e veem seus direitos desrespeitados, sem terem para quem reclamar. Geralmente, são os tiranos de outras vidas,, que são alcançados agora pela Justiça Divina;

3. Os que sofrem perseguição por amor a justiça: são aqueles que procuram defender os mais fracos, falar pelos que não tem voz e buscar o direito dos injustiçados. Por combaterem interesses contrários aos das classes dominantes, acabam incomodando os mais poderosos tornando-se alvos de suas perseguições.

🙏

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

CURAS ESPIRITUAIS


A cura através do que se convencionou chamar operações espirituais parece ser recente, especialmente aquelas em que os médiuns utilizam instrumental cirúrgico. Não há registros de fatos dessa natureza do século passado. Allan Kardec não as menciona, embora, na Revista Espírita ele se refira à mediunidade nos médicos, chegando inclusive a apontá-la como de grande interesse para o futuro.
As operações espirituais, que se popularizaram entre nós com o aparecimento do “médium da faca enferrujada”, José Arigó, formam objeto de muita discussão no movimento espírita, havendo aqueles que não as aceitam e outros que chegam até a combatê-las.

Ao tempo de Arigó, as discussões se tornaram intensas, a ponto daquela mediunidade escandalizar conhecidos trabalhadores do movimento espírita, que temeram pelo futuro. Após sua morte, o clima serenou, voltando a ficar tenso com o aparecimento do agora médico Edson Queiroz (que desencarnou no dia 5 de outubro de 1991, assassinado).
Eis aí uma mediunidade que poderíamos chamar de “risco”, uma vez que exige muita determinação por parte do médium e coragem do paciente em se submeter à cirurgia. O “risco” é menor quando a operação é realizada sem instrumentos cirúrgicos, como acontece com determinados médiuns, que se utilizam apenas das mãos.

Mas quando os espíritos solicitam o bisturi, a situação se modifica e deixa muitas pessoas desnorteadas, já que a maioria absoluta das cirurgias neste caso é feita em condições precárias sob o ponto de vista médico, normalmente sem o uso de anestesia e assepsia, com a agravante do espírito operador fazer uso de recursos como sujar propositadamente o local da incisão, chegando até a mandar cuspir nos cortes.

É aí talvez que o escândalo aumenta. Muitos médicos e alguns deles bons espíritas não conseguem ver sentido nesse ato, acabando por se opor a esse tipo de tratamento. Com Arigó o escândalo chegou até ao receituário mediúnico que ele às vezes fornecia aos pacientes, contendo todas as evidências de uma verdadeira contradição.

No entanto, até o presente momento, não há registro de pacientes que tenham se utilizado aquelas receitas e tido sua condição agravada. Pelo contrário, centenas de casos estudados demonstraram, quando pouco, uma acentuada melhoria do estado geral do paciente.
   Tal é aquele que, tendo feito mal sua tarefa, pede para recomeçá-la a fim de não perder o benefício do seu trabalho...
   Rendamos graças a Deus que, na Sua bondade, concede ao homem a faculdade da reparação e não o condena irrevogavelmente pela primeira falta.

Hammed
Evangelho, cap. V, item 8. 

 PAI NOSSO ESPÍRITA

Pai Nosso que estás em toda parte. Santificado seja o Teu nome no louvor de todas as criaturas. Venha a nós o Teu reino de amor e sabedoria. Seja feita a Tua vontade acima de nossos desejos, tanto na terra quanto nos círculos espirituais. O pão nosso do corpo e da mente, dá-nos hoje. Perdoa as nossas dívidas ensinando-nos a perdoar nossos devedores com esquecimento de todo mal. Não permitas que venhamos a cair sob os golpes da tentação de nossa própria inferioridade. Livra-nos do mal que ainda existe em nós mesmos. Porque só em Ti brilha a luz eterna do reino e do poder, da glória e da paz, da justiça e do amos para sempre. Que assim seja.

Emmanuel