Quem sou eu

São Jerônimo, RS, Brazil
Somos trabalhadores da Doutrina Espírita, desenvolvendo um trabalho de caridade cristã focado no atendimento através de cirurgias espirituais.

segunda-feira, 30 de novembro de 2020

 PERDA DE ENTES QUERIDOS

Estando o espírito mais feliz do que na Terra, lamentar que tenha deixado esta vida é lamentar que ele seja feliz. Dois amigos estão presos na mesma cadeia; ambos devem ter um dia a liberdade, mas um deles a obtém primeiro. Seria caridoso que aquele que continua preso se entristecesse por ter o seu amigo se libertado antes? Não haveria de sua parte mais egoísmo do que afeição, ao querer que o outro partilhasse por mais tempo do seu cativeiro e dos seus sofrimentos? O mesmo acontece entre dois seres que se amam na Terra. O que parte primeiro foi o primeiro a se libertar e devemos felicitá-lo por isso, esperando com paciência o momento em que também nos libertaremos.

A Doutrina Espírita, pelas provas patentes que nos dá quanto à vida futura, à presença ao nosso redor dos seres aos quais amamos, à continuidade da sua afeição e da sua solicitude, pelas relações que nos permite entreter com eles, nos oferece uma suprema consolação, numa das causas mais legítimas de dor. O mais isolado dos homens tem sempre amigos ao seu redor, com os quais pode comunicar-se.

Suportamos impacientemente as atribulações da vida. Elas nos parecem tão intoleráveis que supomos não as poder aguentar. Não obstante, se as suportamos com coragem, se soubermos impor silêncio às nossas lamentações haveremos de nos felicitar quando estivermos fora desta prisão terrena, como o paciente que sofria se felicita ao ser curado, por haver suportado com resignação um tratamento doloroso.

Livro dos Espíritos, Das Esperanças e Consolações, Cap. 1.


quarta-feira, 25 de novembro de 2020

 OS TORMENTOS VOLUNTÁRIOS.

O homem está sempre buscando a felicidade que lhe escapa sem cessar, porque a verdadeira felicidade não existe na Terra. Entretanto, apesar dos sofrimentos desta vida, o homem poderia desfrutar de uma relativa felicidade se não a buscasse nas coisas perecíveis e nos prazeres materiais.
A felicidade deve ser procurada nas realizações da alma, que são uma antecipação dos prazeres celestes imperecíveis.
Em vez de procurar a paz no coração, única felicidade real aqui na Terra, o homem procura tudo aquilo que pode agitá-lo e perturbá-lo. Curiosamente, parece criar de propósito tormentos voluntários que só a ele caberia evitar.
Haverá tormentos maiores do que aqueles causados pela inveja e pelo ciúme? Para o invejoso e para o ciumento, não há repouso; estão sempre excitados pelo desejo, e o que eles não têm e os outros possuem lhe causa insônia. O sucesso de seus rivais os perturba, seu único interesse é o de menosprezar os outros.
Toda sua alegria consiste em estimular, nos insensatos como eles, a fúria do ciúme que eles próprio possuem.
Pobres criaturas! Nem sonham que talvez amanhã tenham que deixar todas essas futilidades, cuja ambição envenena suas vidas! As palavras " Bem-aventurados os aflitos, pois serão consolados" não podem ser aplicadas a eles, pois suas preocupações não terão recompensa no céu.
Aquele que se contenta com o que tem, poupa-se de vários tormentos, pois vê sem inveja aquilo que não é seu e não procura parecer mais do que é. É sempre rico, pois, ao olhar para baixo, em vez de olhar para cima, verá sempre pessoas que possuem ainda menos. 
É calmo, ao não criar necessidades ilusórias, e a calma é sempre uma felicidade em meio às tempestades da vida.

Evangelho, cap. 5, item 23

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Schubert - Ave Maria

 O SACRIFÍCIO MAIS AGRADÁVEL A DEUS

Quando Jesus disse: " Reconciliem-se primeiro com seu irmão, antes de apresentarem a oferenda ao altar", ensinou que o sacrifício mais agradável ao Senhor é o sacrifício do próprio ressentimento, pois, antes de solicitar o perdão de Deus, é preciso já ter perdoado. Se cometemos alguma injustiça contra um de nossos irmãos, é preciso que essa injustiça já tenho sido reparada. Somente assim a oferenda será agradável a Deus, pois virá de um coração puro e livre de qualquer mau pensamento. Naquela época, era costume, entre os judeus, oferecer bens materiais a Deus. Eles faziam isso como forma de demonstrar seu amor e respeito. Pelo ensinamento de que primeiro era preciso se reconciliar com o irmão, antes de apresentar a oferenda, Jesus estava adequando Suas palavras aos costumes que vigoravam na época. O verdadeiro cristão não precisa fazer doações materiais a Deus, pois ele espiritualizou o sacrifício e sabe que  o ensinamento do perdão é muito mais importante que a oferenda. Ele oferece a sua alma e essa deve estar purificada. Ao entrarem no Templo do Senhor devem deixar do lado de fora todo mau pensamento contra seu irmão e todo sentimento de ódio e animosidade. Só então os Espíritos Superiores levarão suas preces ao Altíssimo. Eis o que Jesus ensina com estas palavras: " Deixem sua oferenda ao pé do altar e vão primeiro se reconciliar com seus irmãos, se quiserem ser agradáveis ao Senhor".

Evangelho, Cap. 10, item 8.