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São Jerônimo, RS, Brazil
Somos trabalhadores da Doutrina Espírita, desenvolvendo um trabalho de caridade cristã focado no atendimento através de cirurgias espirituais.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

 DESPRENDIMENTO DOS BENS TERRENOS

O homem é o administrador dos bens que pertencem a Deus e terá que prestar contas rigorosas do emprego que deles fizer, usando seu livre-arbítrio. O mau uso desses bens consiste em utilizá-los apenas para satisfação pessoal. Ao contrário, o bom uso consiste em utilizá-lo para beneficiar o próximo, e o mérito será proporcional ao sacrifício que para isso o homem tiver que suportar. A caridade é apenas uma das maneiras de se empregar a riqueza. Ela alivia a miséria atual, mata a fome, protege do frio e dá asilo aos abandonados. A riqueza também possui o grande dever de prevenir a miséria.
Eis a missão das grandes fortunas: gerar e executar trabalhos de toda espécie. Mesmo que a atividade da riqueza resulte em ganho para aqueles que a possuam, ainda assim, o bem não deixa de ser feito.
O trabalho desenvolve a inteligência e aumenta a dignidade do homem, pois permite que ele diga, com satisfação, que trabalha para ganhar o pão que o alimenta, ao passo que a esmola humilha e envergonha. A riqueza concentrada em uma só mão deve ser como uma fonte de progresso, espalhando produtividade e bem-estar ao seu redor.
Os ricos, que empregam a riqueza segundo a vontade de Deus, serão os primeiros a se beneficiar dessa fonte generosa, e terão, ainda nessa vida, os indescritíveis prazeres da alma, em vez dos prazeres materiais do egoísta, que sempre produzem um vazio no coração. Ricos, seus nomes serão abençoados na Terra, e quando retornarem, o soberano Senhor dirá, como na parábola dos talentos: "Bom e fiel servidor, compartilha da Minha alegria!".
Nessa parábola, o servidor que guardou na terra o dinheiro que lhe foi confiado representa as pessoas avarentas, em cujas mãos a riqueza se torna improdutiva. Se Jesus fala principalmente das esmolas, é porque, no seu tempo e no país onde vivia, ainda não se conheciam os trabalhos que a arte e as indústrias mais tarde criaram. Através desses trabalhos, a riqueza pôde ser utilizada em benefício de todos. Aos que podem dar, independente de ser muito ou pouco, eu direi: deem a esmola quando for necessário, mas, sempre que possível, a transformem em salário, a fim de que aquele que a receba não tenha do que se envergonhar.

Evangelho, cap.16 - item 13

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